“Os vinte e quatro anciãos que se assentam nos seus tronos diante de Deus, prostraram-se de rosto em terra e adoraram a Deus dizendo: Graças te damos, Senhor, Deus Dominador, que és e que serás, porque assumiste a plenitude de teu poder real.” (Ap 11,16-17)
Fomos criados para o louvor, a adoração e a permanecermos Diante do Trono de Deus. Por intermédio de Jesus Cristo podemos ter acesso ao Santo do Santos! ALELUIA!
O Senhor tem sede de nossos corações, de nossas vidas. É Ele quem vem ao nosso encontro como fez com a Samaritana no poço de Jacó; pois antes de revelar-lhe onde e como deveria ser a mais perfeita Adoração: em espírito e em verdade (cf Jo 4,21), Ele deixou que ela revelasse suas feridas e as curasse.
Quando buscamos estar diante da face do Senhor, primeiro devemos deixar que Ele venha nos curar e nos purificar para que nos apresentemos diante Dele como uma esposa sem rugas e sem manchas (cf Ef 5, 21b-22), de mãos limpas e coração puro.
Ser um Adorador é procurar agir com sinceridade, simplicidade e autenticidade, diante daquele que nos amou primeiro. Diante do Trono de Deus, não precisamos multiplicar as palavras, devemos buscar chegar ao estágio da oração de quietude e contemplação, onde o adoraremos pelo que Ele é!
Adorar é querer responder, ainda que de forma imperfeita, ao bem amado, que queremos estar em sua presença todos os dias de nossas vidas. Como intercessores devemos ter um coração de Adorador, contemplativo e com sede de amar e ser amado, quer estejamos num momento de Adoração a Jesus Eucarístico, quer estejamos na oração pessoal em casa.
Somente vivendo cada dia mais essa forma mais sublime de oração, é que alcançaremos desembaraço na intercessão, pois quando nos encontramos com Deus, descobrimos o que está em Seu pensamento com relação a nós próprios e a respeito das situações e causas que devemos orar. O Espírito Santo é quem nos revela o pensamento de Deus, traduzindo para nós quais são as prioridades da intercessão. Toda intercessão verdadeira deve começar lá no Trono, com Jesus Senhor. O Espírito Santo é o elo de ligação entre nós e o Céu!
Assim, quero deixar aqui o que fala nossa Santa Igreja com relação a Adoração:
“Adorar a Deus é reconhecê-lo como Deus, como o Criador e o Salvador, o Senhor e o Mestre de tudo que existe, o Amor infinito e misericordioso. Adorar a Deus é no respeito e na submissão absoluta, reconhecer “o nada da criatura” que não existe a não ser por Deus. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louva-lo, exalta-lo, e humilhar-se, confessando com gratidão, que Ele fez grandes coisas e que seu nome é Santo.
A Adoração do Deus único liberta o homem de se fechar em si mesmo, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo. A Adoração é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante do seu Criador. Exalta a grandeza do Senhor que nos fez e a onipotência do Salvador que nos liberta do mal. É prosternação do espírito diante do “Rei da glória”(Sl 24,9-10) e o silêncio respeitoso diante do Deus “Sempre maior”. A Adoração do Deus três vezes santo e sumamente amável nos enche de humildade e dá garantia as nossas suplicas (Catecismo n 2096 a 2098)”.
Que possamos nos encontrar um dia Diante do Trono, louvando, adorando, glorificando e contemplando o Santo dos Santos!
Vicente Gomes de Souza Neto
Membro do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica
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